quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CRÔNICAS DO VERBO ENLATADO 4


Espelhos



De tempos em tempos, sofre a mente pela impossibilidade da existência, criada por acordes inaudíveis de lágrimas invisíveis.
Questões morais conotam muitos sonhos destruídos, revelando o desencontro entre o pensamento e a ação.

A dor do envolvimento  só fica clara quando confrontada na sua manifestação, e como o peito reclama, como nos sentimos enjoados, numa azia interminável que nossa mente não é capaz de controlar.
Tudo que passamos nos direciona para uma nova ação, por mais alçada e repetitiva, ela sempre possuiu novos conteúdos,absorvidos na aprendizagem constante que vive.

Passam os pássaros em coreografias mágicas pelo céu, e nós aqui na terra, percebemos que a nossa magia deve e tem de ser diferente.
A madeira crua é depósito de forma, a imaginação, a criatividade descobre nas mãos, ferramentas de transformação.

Somos nós, a nossa criatividade descobre, as nossas ações que buscam modificar ao entendermos nosso potencial.
Vinho temperado de luz não deixa de seguir o fluxo do sangue que o absorve, mas encontra novos caminhos nos olhos.

Tantos são os desejos, tanta é a criação, que  ficam fora de tom, nem a música que alimenta o espírito se torna tão reveladora, quanto as nossas palavras vivenciadas no espelho de nós mesmos.

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